CÂNCER DA PRÓSTATA

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A Organização Pan-Americana da Saúde promoveu em setembro de 2017 na cidade do México um encontro entre especialistas para que os mesmos discutissem alguns aspectos controversos referentes ao câncer de próstata. No resumo das conclusões, há pouco publicadas (1), há dados recentes mostrando que, em nível mundial, o câncer de próstata é a causa mais comum de mortalidade por câncer em homens. Ainda, em nível mundial, entre 1990 e 2015 a mortalidade diminuiu 11,6% por esta causa.

O mesmo não ocorre nas Américas; aqui, ele é também a causa mais comum de óbitos por câncer no sexo masculino, porém, na contramão da tendência mundial, os óbitos por esta causa aumentaram 16,8% no mesmo período.

No Brasil, este tipo de câncer divide o primeiro lugar com o câncer de pulmão entre os óbitos por cânceres, de um modo geral, no sexo masculino, com taxas em torno de 18,4 óbitos por 100 mil habitantes.

Considera-se que a maioria é de crescimento lento e, quando se manifesta, já teve um longo período de evolução. O homem pode morrer por outra causa, sem mesmo saber que é portador deste câncer.

Os fatores de risco citados são a idade (o risco aumenta com a idade), a raça (é mais comum na raça negra) e os antecedentes familiares desse tipo de câncer.

Tem-se empregado largamente como método de triagem a dosagem do antígeno prostático específico (PSA, na sigla em inglês). O uso deste método é muito controverso e muitos especialistas não o têm recomendado. Na reunião da cidade do México, da qual temos nos referido, este assunto ocupou grande parte dos debates e os especialistas também não o recomendaram. Diz o relatório final do encontro: “esta abordagem (prova do PSA) conduz ao sobrediagnóstico e ao sobretratamento causando mais danos que benefícios.” O sobrediagnóstico alcançaria de 20 a 40% dos casos. Em outras palavras, diagnostica-se e trata-se aquilo que não existe, pondo-se em risco a integridade e mesmo a vida do paciente.

O mesmo se aplica ao toque retal.

A recomendação é que, enquanto não se desenvolvem métodos de diagnóstico mais apurados, deve-se focar a atenção nos grupos de risco.

 

Independentemente das controvérsias, que são importantes e devem ser equacionadas, é sempre pertinente comentarmos sobre a atitude mental do paciente diante do câncer e de qualquer outra doença, principalmente as crônicas.

As doenças são vistas de maneira isolada, dando a impressão que uma não tem nada a ver com as outras. A tendência atual da medicina é a de buscar fatores comuns a todas as doenças, mesmo que elas se manifestem de maneira totalmente diferente umas das outras. Olhando-as desse modo, estima-se atualmente, na medicina dita ocidental, que a atitude mental diante da doença é um fator importantíssimo. Ela é que define, em linhas gerais, se o paciente vai se curar ou não. Dizemos isso em relação a nossa medicina ocidental porque, nas medicinas ditas orientais, isso já é reconhecido há milênios.

A doença pode ser uma oportunidade para avaliarmos a vida que levamos, as crenças que temos, os preconceitos que cultivamos, os fardos que carregamos e que não estejam em sintonia com a vida. É uma oportunidade para deixarmos de lado aquilo que não mais nos interessa e substituí-lo por aquilo que pode nos ajustar melhor à vida. Em suma: deixar o que é velho de lado e permitir que o novo tome o seu lugar.

Peço licença ao leitor para reproduzir aqui o que dissemos no artigo Câncer de Mama (ver AQUI) a respeito da experiência do Dr. Ryke Geerd Hamer quando foi acometido por um câncer em decorrência de um trauma sofrido e do qual se restabeleceu completamente. Feitas as modificações necessárias, aplica-se a qualquer câncer e a qualquer doença. O mesmo se diz quanto à alimentação, que também incluo aqui.

“Em 1976 o médico e teólogo alemão Ryke Geerd Hamer (1935-2017) estava residindo na Itália com a família.

Em 1978 ocorreu uma tragédia familiar. Durante um cruzeiro que fazia pela Córsega, seu filho, que dormia na cobertura do barco, foi atingido mortalmente por dois tiros de fuzil de guerra disparados por um príncipe italiano embriagado.

O filho faleceu em seus braços. Essa tragédia afetou profundamente o Dr. Hamer.

Dois meses após este acidente, foi-lhe diagnosticado um câncer testicular. Em consequência disto, teve um testículo extirpado e fez uma cirurgia abdominal. Deram-lhe menos de 1% de chances de sobrevida, pois seu abdome estava totalmente tomado por metástases. O doutor Hamer associou o aparecimento do câncer ao que lhe ocorrera dois meses antes; viu que o câncer podia ser uma consequência da morte traumática do filho. Trabalhou interiormente essa situação e sarou, sem fazer radio ou quimioterapia.

Voltando à Alemanha, quis certificar-se se a sua teoria procedia. Começou a perguntar aos seus pacientes com câncer se, antes que este aparecesse, haviam vivenciado uma experiência traumática. Diz o Dr. Hamer que, dos 200 pacientes pesquisados, todos referiram ter sofrido tal impacto. Trabalhando essas emoções com seus pacientes, diz o médico alemão que a sobrevida passou a ser 98% dos casos que tratou.

O Dr. Hamer fez estudos radiológicos do cérebro e verificou que esses traumas deixam marcas bastante evidentes no tecido cerebral, ou seja, há uma base fisiológica para explicar suas teorias. Então ele enfeixou suas descobertas naquilo que chamou Nova Medicina Germânica. Essas alterações cerebrais, decorrentes de uma experiência traumatizante seguida pelo aparecimento de câncer, se aplicariam a todos os cânceres, incluindo o de mama que, como vimos, é o mais frequente nas mulheres.

Essas constatações do Dr. Hamer, relacionando questões emocionais ao aparecimento de câncer, já eram conhecidas; cabe ao médico alemão ter estabelecido uma base fisiológica dessas relações.

O Dr. Hamer foi perseguido pelas suas teorias, apesar de todos os resultados positivos que apresentou; a indústria do câncer viu-se ameaçada. Teve que deixar o seu país natal.

Hoje, são cada vez mais frequentes os relatos de pessoas que se livram do câncer identificando esses traumas e resolvendo-os interiormente, ou seja, entrando em conexão consigo mesmas.

Para o doutor Hamer, o segredo do combate ao câncer passa por uma desintoxicação do corpo, da alma e do espírito e a adoção de uma alimentação sadia.

 

O que mudar na alimentação?

Aqueles que se dão o propósito de se curarem do câncer costumam alterar profundamente o seu estilo de vida, mudando hábitos nocivos e, geralmente, mudando drasticamente a alimentação. Existem muitos alimentos recomendados e outros a serem evitados; porém, por ora, fugiremos dos detalhes desta discussão. Diremos somente que o principal produto a ser evitado é o açúcar refinado. Sua relação com o câncer já é bem conhecida há longo tempo. Sua importância na etiologia de muitas doenças, principalmente as crônicas – e o câncer é uma doença crônica -, está plenamente estabelecida. Em relação ao câncer, em 1923 o fisiologista alemão Otto Henrich Warburg (1883-1970), prêmio Nobel em 1931, publicou um trabalho intitulado “A causa principal e a prevenção do câncer”, onde dizia: “Para o câncer, há apenas uma causa nobre. Resumida em poucas palavras, a principal causa do câncer é a substituição da respiração de oxigênio nas células normais do corpo por uma fermentação do açúcar.” Disse também: “O açúcar alimenta o câncer.” O açúcar provoca acidez do sangue e qualquer alimento que provoca acidez do sangue acaba privando as células de oxigênio e “privar uma célula de 35% de seu oxigênio durante 48h pode convertê-la em célula cancerígena”, acrescenta.(2)

 

Estão aí, pois, algumas “dicas” para evitar/curar um câncer: ter o firme propósito* de se curar; curar as suas feridas emocionais; limpeza do corpo e reeducação alimentar, cortando o açúcar, entre outras medidas.”

*Sobre este assunto, ver meu artigo “Mudanças de hábitos”, clicando AQUI.

Bibliografia

  • Organización Panamericana de la Salud. Consulta a expertos sobre tamizaje y detección temprana de câncer de próstata en América Latina y El Caribe. Informe de Reunión. OPS; 2018.
  • Para uma visão atual sobre o papel do açúcar na etiologia das doenças crônicas, ver: Taubes, Gary. Açúcar: culpado ou inocente? Porto Alegre: L&PM, 2018.

Escrito por: NILTON TORNERO