DOENÇAS CRÔNICAS NA MIRA DA OMS

 In Blog, Cantinho das Boas Notícias

Leio em uma publicação(1) que em 16 de fevereiro do corrente ano a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a criação de uma nova comissão de alto nível composta por chefes de estado, ministros, lideres em saúde e desenvolvimento e empresários.

O grupo deve propor ‘soluções audazes’ para os ‘principais assassinos’ do planeta, representados pelas doenças crônicas não transmissíveis, como as doenças cardíacas e pulmonares, o câncer, o diabetes.

A publicação cita alguns dados: mais de 15 milhões de pessoas entre 30 e 70 anos morrem dessas doenças no mundo por ano. Nos países mais pobres é onde o maior número de óbitos ocorre. Diz também: 7 em cada 10 mortes ocorridas no mundo por ano são causadas por essas doenças.

A OMS tem chamado a atenção, em seus informes, há muito tempo, para os principais fatores de risco relacionados a essas doenças: uso do tabaco, uso abusivo do álcool, dieta pouco saudável e inatividade física.

Desses fatores de risco o mais emblemático, mais complexo, talvez seja a alimentação não saudável. Que é a alimentação não saudável? Segundo a OMS, é a alimentação contemporânea. Esta é caracterizada pelo baixo consumo de frutas, vegetais, grãos, cereais e legumes; por outro lado, apresenta alto consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas*, açúcar e sal, um ou outro ou todos presentes nas carnes, leite, cereais refinados e mais ainda nos alimentos processados e industrializados como bolachas, biscoitos, bolos, doces, pães brancos, batatas fritas, margarinas, hambúrgueres, pizzas, refrigerantes, só para citar alguns.

A comissão é presidida por cinco membros, sendo três deles presidentes de repúblicas. Um desses copresidentes é Tabaré Vázquez, presidente do Uruguai, que é médico.

Disse Tabaré Vázquez: “As doenças não transmissíveis são os principais assassinos evitáveis do mundo, porém o mundo não está fazendo o suficiente para preveni-las e controlá-las. Temos que nos perguntar se queremos condenar as gerações futuras de morrer demasiado jovens e viver uma vida de má saúde e perda de oportunidades. A resposta é claramente ‘não’. No entanto, podemos fazer muito para proteger e cuidar das pessoas, desde protegê-las do tabaco, do uso nocivo do álcool, dos alimentos não saudáveis e das bebidas açucaradas, até oferecer-lhes os serviços de saúde que necessitam para deter as doenças não transmissíveis a tempo.”

  1. http://www.paho.org/hq/index.php?option=com_content&view=article&id=14101%3Aworld-leaders-join-new-drive-to-beat-noncommunicable-diseases&catid=740%3Apress-release

* Atualmente em processo de revisão pelos cientistas. Ver o meu artigo “Colesterol em discussão“.

Escrito por: NILTON TORNERO