O QUE VOCÊ FAZ LHE TRAZ ALEGRIA?

 In Blog, Conexão Espiritual

O que você faz lhe traz alegria?

É conveniente pararmos de vez em quando e pensar se aquilo que fazemos está em conexão com os nossos interesses mais profundos.

Ninguém está na Terra para ser infeliz. Quando nascemos, não temos um destino predeterminado pela frente; temos infinitas possibilidades de realizações à nossa espera.

Mas, então, entra o condicionamento da sociedade. Precisamos ser moldados para “sairmos bem” na vida. Temos que ser educados segundo os parâmetros, as normas, as regras do meio em que vivemos.

No início essa educação cabe geralmente aos pais e, também frequentemente, aos avós, ou seja, àqueles que estão mais próximos a nós. Começamos a ser moldados de acordo com aquilo que tais pessoas acham que é bom para nós. “Não faça isso”, “não faça aquilo”, “isso é bom”, “isso é ruim”, são frases que todos nós guardamos muito bem da nossa infância.

Nossos pais, avós, seguramente têm a melhor das intenções em relação a nós: eles querem que sejamos “alguém”. O fato é que até aos seis, sete anos já fomos moldados suficientemente e esse molde nos acompanha a vida toda. O ruim disso é que aquela voz interior que cada um tem, que diz para aonde se deve ir e o que fazer, é sufocada e passamos a ser dirigidos por objetivos que muitas vezes não são os nossos, mas sim aqueles que nos foram impostos pela sociedade, via família.

Depois – e cada vez com menos idade – somos enviados às escolas para sermos “educados”. E aí nos ensinam tudo – muita coisa já ultrapassada – que acham fundamental para nos tornarmos alguém. Só não nos ensinam a ouvir a nossa voz interior, a nos livrarmos de todos os condicionamentos que nos foram impostos. Nikola Tesla, um grande gênio a quem se devem tantas descobertas, disse: “A maioria das pessoas estão tão absortas na contemplação do mundo exterior que elas estão totalmente alheias ao que está passando dentro de si.”

O resultado disso tudo é facilmente visível para àqueles que querem ver: uma sociedade de infelizes, atrás de propósitos passageiros. Costuma-se dizer: o dia que você passar no vestibular, você será um cara feliz; o dia que você tiver um diploma na mão, você será feliz; o dia que você fizer pós-graduação você será feliz; o dia que você tiver um bom emprego, você será feliz; o dia que você casar, você será feliz e assim por diante. Será que isso é verdade? Observo a sociedade e não é isso que vejo. Sempre no futuro; nunca no aqui e agora. Não que passar no vestibular, ter um diploma, casar, não seja importante, mas não é só isso. Tudo isso, para ter sentido, deve estar alinhado com o seu eu mais interior, aquela voz sufocada dentro de nós, que tenta o tempo todo se comunicar conosco e que nós não a ouvimos.

E assim, frequentemente, estamos a caminho da infelicidade sem sabermos.

Somos dirigidos pelo subconsciente e pela mente. No subconsciente está tudo aquilo que aprendemos de nossos pais, escola; tudo isso está nos dirigindo; ora, tudo isso é passado, ou seja, estamos sendo dirigidos pelo passado. A mente põe em prática o que vem do subconsciente. Ela não está permeável ao novo; toma as nossas decisões baseada em experiências já conhecidas, passadas. Isso é aquilo que se diz que somos dirigidos pelo lado esquerdo do cérebro.

E o lado direito, como fica? O lado direito do cérebro está ligado à intuição, que nada mais é que a expressão daquela voz interior da qual vimos falando. Quase sempre tolhemos a intuição e damos um poder desmedido à mente, pois dizem que somos seres racionais.

O importante disso tudo é que a intuição nos abre para o nosso mais profundo ser, aquilo que também chamamos de Eu Superior. Ela não nos engana. É ela que nos faz sair da mesmice e tomarmos contato com o novo. E, conforme você faz isso, você vai saindo dos condicionamentos. Seguir a intuição é darmos o verdadeiro sentido à nossa vida.

Quando a intuição fica livre para se manifestar, a mente fica a ela subordinada; é a mente quem faz, mas o que fazer vem da intuição; a mente só executa.

Os grandes artistas, cientistas, foram grandes porque seguiram as suas intuições enquanto trabalhavam e não porque ficavam pensando vinte e quatro horas por dia. Mozart, Beethoven, Bach, Thomas Edison, Tesla, Einstein e centenas de outros “grandes homens” foram grandes porque sempre ouviram as suas intuições. Deixavam-na fluir. Isso não exclui o conhecimento técnico, mas só o conhecimento técnico não leva muito longe; como dissemos, a mente não é inovadora; ela está preparada para trabalhar com aquilo que já existe, com o passado.

Dito tudo isto, voltamos à nossa pergunta inicial: O que você faz lhe traz alegria? Examine tudo aquilo que você faz; veja se alguma coisa não é sua, mas comprada de alguém e você pensa que é sua.
Comece a descartar os condicionamentos. Deixe a intuição fluir. Você só terá surpresas agradáveis. E uma nova vida começará para você.

Escrito por: NILTON TORNERO