DESCARTES, A MEDICINA E A NOVA ERA

 In Blog, Conexão Espiritual

No Ocidente as bases da chamada sociedade moderna foram estabelecidas, como se sabe, à época do Renascimento. Novas ideias, novos conceitos começaram a surgir em todos os recantos da sociedade. Como consequência, a física, a química, a biologia – entre outras ciências não menos importantes – começaram a se desenvolver rapidamente; invenções de todos os tipos começaram a surgir em vários países.

Naquilo que nos diz respeito – a medicina – uma nova visão foi estabelecida pelo físico, matemático, filósofo francês René Descartes (1596-1650). Descartes foi um pensador dos mais importantes durante o Renascimento e suas ideias influenciaram e ainda influenciam vários ramos da ciência.

À época, travava-se uma luta entre o pensamento feudal – fortemente influenciado pela Igreja – e as novas ideias que surgiam. Velhas crenças, tabus, preconceitos ligados ao feudalismo começavam a ser questionados e rompidos. Outras ideias, muitas delas presentes até hoje, começaram a surgir, modernizando a sociedade. Descartes separa a filosofia da teologia. Estabelece o princípio da dúvida: só se pode dizer que existe aquilo que puder ser provado. Isso pôs por terra muitas dessas crenças e preconceitos, mas, para a medicina, teve consequências funestas que duram até hoje.

Ele considerava o corpo humano como formado de matéria puramente física e, como tal, o corpo humano era também regido pelas mesmas leis da física. Como ninguém provava a existência da alma, do espírito, dos corpos emocionais, Descartes os separou do corpo humano.

 

O ser humano é um ser cósmico, integrado ao universo. Durante milhares de anos os orientais, principalmente, sempre viram o ser humano desta forma e não dividido. A medicina que desenvolveram é baseada nesta integridade, em ser o homem um todo, daí a sua grande eficácia.

Aqui no Ocidente, como dissemos, o homem holístico deixa de existir; em seu lugar, só é levado em conta aquilo que se vê, que se mede, pesa, aquilo que pode ser provado. Descartes achava que o homem funcionava como uma máquina – um relógio – para ser mais preciso. Ainda hoje encontramos médicos e outros terapeutas – não duvidamos de seus bons propósitos – que ainda pensam que o corpo humano funciona como uma máquina. Ainda não descobriram que cada ser é único, que cada corpo humano é único e que a interação entre o cósmico e o material define cada um de nós, fazendo, por exemplo, que, entre oito bilhões de seres humanos não exista ninguém igual a você. Conforme a ciência vai demonstrando, cada corpo humano é único. Aqueles médicos e outros terapeutas, que prestam atenção nos pacientes que atendem, sempre souberam que um mesmo tratamento pode ser muito eficaz para alguns, mas que, para outros, aparentemente com a mesma doença, simplesmente não funciona.

Pior que isso: o ser humano não só é dividido em matéria e espírito como o corpo (matéria) foi subdividido em dezenas de partes, surgindo as várias especialidades. Não restam dúvidas que isto, em tese, é um grande passo no conhecimento do corpo humano; no entanto, leva a absurdos quando não há a mínima integração entre as partes. Cada órgão passa a ter vida própria. É como se tivéssemos as peças de um imenso quebra-cabeça sem termos a mínima noção da figura a ser formada. Ora, o corpo humano é indivisível; não se resume ao coração, ao fígado, ao baço. Cada órgão tem a sua função e as diversas funções dos órgãos estão interligadas, umas dependendo das outras. O mesmo acontece em relação ao corpo e as emoções, por exemplo. Sabe-se – mas nem sempre se leva em conta – que as emoções influenciam o corpo físico e vice-versa. Nada mais sensato, pois, como dissemos, o ser humano é cósmico, estando todas as suas partes – as visíveis e as invisíveis aos nossos olhos adaptados a esta dimensão que vivemos – interligados.

Como muitos têm percebido, o mundo passa, atualmente, por mudanças profundas.

No campo da saúde, os movimentos para integrar corpo e mente – que nunca deveriam ter sido separados – tornam-se irreversíveis. É cada vez maior o número de respeitados cientistas que escrevem livros, fazem conferências, abordando tais visões holísticas.

Físicos demonstram que um “simples” átomo se comunica com outros; é a inteligência do Universo que se manifesta em tudo que há. Nós somos formados por átomos; portanto, temos o potencial de nos comunicar com todo o Universo.

Tomemos um exemplo simples, porém significativo, para ilustrar algumas das ideias expostas acima: o câncer.

Não vamos nos deter comentando o fato de esta ser uma das principais causas de óbito no mundo; tampouco falaremos das estatísticas que dizem que dentro de pouco tempo uma em cada duas pessoas terá essa doença.

Diante de um caso de câncer, os “remédios” da medicina tradicional são a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. Cada vez mais pesquisadores mostram que grande parte dos doentes não morre da doença, mas sim desses tratamentos. A químio e a radioterapia matam as células cancerosas, mas também aniquilam o sistema imunológico dos pacientes, abrindo as portas para as infecções que, muitas vezes, os levam à morte. São casos típicos onde os tratamentos são piores do que a doença.

Vejamos o que diz Andreas Moritz em seu há pouco lançado livro entre nós “O câncer não é uma doença, é um mecanismo de cura”: (1)

“O câncer não é uma ameaça à vida; ao contrário, essa ‘doença terrível’ é o esforço final e desesperado do corpo para salvar a vida”.

Isso fica mais claro se vermos os fatores de risco relacionados ao câncer. Sabemos que existem agentes cancerígenos como o tabaco e outras substâncias, mas, na maioria dos casos, trata-se de uma reação a situações graves de estresse, como aquelas que se seguem a um divórcio traumático, a perda de um ente querido, a doenças graves na família, a abusos emocionais e/ou físicos. No entanto, não menos importantes, são o medo, a frustração, a baixa autoestima, a raiva reprimida e os ressentimentos, condições que acompanham muitas pessoas pela vida afora.

Exemplo ilustrativo de como esses fatores interagem é fornecido pelo caso de câncer ocorrido com o Dr. Ryke Geerd Hamer, que já tivemos oportunidade de detalhar em outro artigo, neste mesmo blog. (2)

Isso em termos emocionais. Em termos de corpo físico, um cientista ligado às novas ideias, Gary Taubes, mostra em seu livro, também há pouco lançado entre nós, “Açúcar: culpado ou inocente? (3) que o açúcar, principalmente, e as farinhas processadas, entre outros alimentos, estão intrinsicamente relacionados não só ao câncer, mas, também à maioria das doenças conhecidas como crônicas não transmissíveis, como obesidade, diabetes II, doenças cardiovasculares, gota, Alzheimer, somente para citar algumas mais comuns.

Felizmente é cada vez maior o número as pessoas acometidas de câncer (e das outras doenças crônicas também) que fogem aos padrões vigentes em relação aos tratamentos padronizados e buscam a cura dentro de si e são bem sucedidos. Podemos ver seus animadores depoimentos em todos os lugares. Oxalá que isto seja cada vez mais frequente!

Estamos nos dias onde se comemora a ressurreição do Cristo. Ressurreição significa o ato de ressurgir, ressuscitar, voltar à vida. Que tal voltarmos à vida arejando as nossas ideias com aquilo que sempre esteve aqui e que agora está sendo devidamente reconhecido? O homem e o Universo são um só.

BIBLIOGRAFIA

  1. Moritz, Andreas. O câncer não é uma doença; é um mecanismo de cura. São Paulo, Madras, 2018
  2. Tornero, N. Câncer de próstata. http://www.clubedeautocura.com.br/cancer-da-prostata/
  3. Taubes, Gary. Açúcar: culpado ou inocente? Porto Alegre, RS: L&PM, 2018

15/abril/2019

Escrito por: NILTON TORNERO