PLANO GERAL DE TRATAMENTO PARA DOENÇAS CRÔNICAS

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1. As doenças crônicas, como o próprio nome diz, têm, em geral, um longo tempo de evolução oculta no corpo físico antes de se tornar evidente aos olhos e/ou a algum exame laboratorial. Por exemplo, ninguém fica obeso e/ou diabético de um dia para o outro. É um processo lento, podendo durar anos. Levando em conta esta constatação, devemos tentar reverter essas situações crônicas no mínimo a médio prazo, da maneira mais natural possível, evitando tomar medidas intempestivas e/ou de eficácia duvidosa. “Primo non nocere”, diz o velho axioma médico que, traduzido, significa “antes de mais nada não prejudicar”, ou seja, não dar algum remédio pior que a doença.

Isso, mais que nunca, se aplica ao nosso modo de vida atual onde uma de suas principais características é a correria, a pressa em resolver tudo no menor tempo possível. Assim, um paciente com doença crônica procura um atendimento médico e quer resolver seu problema em uma semana; frequentemente o médico também pensa assim. Podemos fugir deste modelo e tratar a questão de uma maneira mais natural. É justamente isso que procuramos fazer aqui.

2. Consideramos que uma doença crônica, principalmente quando se manifesta no corpo físico, é porque já atingiu o “fim da linha”, ou seja, ela veio de outro lugar e terminou no corpo físico. Que outro lugar é este? Temos, além do corpo físico – visível – os chamados corpos sutis: mental, emocional e espiritual – invisíveis aos nossos sentidos comuns. São nesses corpos que as doenças se originam. Para encontrar as causas que estão atrás das doenças, temos que procurá-las no subconsciente, ampliando a nossa consciência sobre nós mesmos, procurando responder perguntas como: quem somos? que fazemos aqui na Terra? Para mergulharmos neste campo fascinante e obscuro do subconsciente temos que receber

um chamado interior, pedindo que deixemos a visão exterior sobre nós mesmos e procurarmos essas e outras respostas dentro de nós mesmos e não fora. Então, as causas de muitas doenças e desequilíbrios emocionais começam a emergir. Se não dermos importância a isso, podemos até ter êxito ao tratarmos uma doença, porém, como suas causas fundamentais não foram abordadas, frequentemente outra doença toma o seu lugar.

Essa interiorização nos leva, ao final, a tomarmos a vida em nossas próprias mãos e dependermos cada vez menos do meio exterior para nos curar, quer das doenças físicas como também dos desequilíbrios emocionais. Deixamos de ser um paciente, termo que sugere passividade, para nos tornarmos um autocurante, que sugere atividade; tornamo-nos pró-ativos.

3. O respeito ao autocurante é fundamental em nosso trabalho. Temos um plano geral de tratamento a ser seguido, que deve receber o aval do autocurante, mas ele é flexível suficiente para receber adaptações se estas se mostrarem consistentes. Levamos em conta que as pessoas são diferentes umas das outras e que a mesma doença se manifesta também diferentemente em cada pessoa.

4. É difícil encontrar uma doença crônica que não tenha alguma relação com a nossa alimentação atual. Obesidade, diabetes, câncer, doenças cardíacas, são exemplos, somente para citar as mais comuns.

Nossa alimentação atual é caracterizada basicamente por produtos industrializados, ricos em açúcar, gorduras, sal, farinhas e outros ingredientes que de modo algum promovem a boa saúde.

Assim, faz parte fundamental do nosso plano geral de tratamento para doenças crônicas a reeducação alimentar.

5. Uma característica de nosso modo de vida atual é o homem (ou mulher) parado. Vivemos parados. Passamos a noite dormindo. Levantamos e nos sentamos à mesa para o desjejum. Pegamos o carro ou o metrô para irmos ao trabalho, sempre parados.

Tomamos o elevador e ficamos parados até que o mesmo chegue ao nosso andar. Sentamo-nos em frente a um computador e lá ficamos horas a fio. Ou então em frente a máquinas, em pé, ou sentado, em alguma fábrica. Voltamos para casa ou vamos beber qualquer coisa, onde ficamos parados, sentados a uma mesa. Chegando a casa, ficamos sentados na frente da televisão ou do computador e então vamos dormir, para começar tudo exatamente igual no dia seguinte. Sempre parados. Com algumas nuances, este é o dia a dia de grande parte da população.

Todos os estudiosos da saúde são unânimes em afirmar que este estilo de vida é totalmente inadequado à boa saúde. Precisamos nos movimentar.

6. Quando juntamos uma alimentação saudável com certa dose de exercícios e um trabalho interior de expansão da consciência, podemos esperar excelentes resultados. Isto, como dissemos, a médio e a longo prazo. É um projeto para toda a vida.

É esta a nossa proposta. Se o que dissemos até aqui ressoou em seu coração, é possível que tenhamos boas coisas a lhe oferecer.

Escrito por: NILTON TORNERO